Proteína Spike: Vilã ou Aliada da Vacinação? Entenda o Que a Ciência Diz
Proteína Spike: Vilã ou Aliada da Vacinação? Entenda o Que a Ciência Diz
Nos últimos anos, a expressão "proteína spike" ganhou destaque nas redes sociais e em diversas discussões sobre a vacina contra a Covid-19. Mas junto com ela, surgiram também muitos boatos e informações distorcidas que geraram medo e insegurança em muita gente. Afinal, o que é essa proteína? Ela representa algum perigo? E o que diz a ciência?
O que é a proteína spike?
A proteína spike é uma estrutura presente na superfície do vírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19. Sua principal função é permitir que o vírus entre nas células humanas. Por esse motivo, ela foi escolhida como alvo das vacinas — nosso sistema imunológico é treinado a reconhecê-la e combatê-la com mais rapidez, evitando infecções graves.
A vacina produz proteína spike no corpo?
Sim, mas de forma temporária e controlada. As vacinas baseadas em RNA mensageiro, como a da Pfizer e da Moderna, utilizam um código genético que ensina nossas células a produzir a proteína spike por poucos dias — o suficiente para o sistema imunológico identificar o “invasor” e criar defesas contra ele.
Estudos mostram que o RNA utilizado nas vacinas se degrada em cerca de 30 dias, ou seja, a proteína não permanece no corpo após esse período. Essa informação desmente os boatos de que a proteína spike continuaria circulando pelo organismo e causando danos.
A proteína spike faz mal?
Não há nenhuma evidência científica que comprove que a proteína spike induzida pela vacina cause efeitos adversos permanentes no corpo. Pelo contrário: ela é o principal elemento que permite ao corpo desenvolver imunidade contra a Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e agências como a Anvisa (no Brasil) e o FDA (nos EUA) aprovaram as vacinas após rigorosos testes de segurança e eficácia. Além disso, todos os lotes são monitorados mesmo após o início da vacinação em massa.
Por que surgiram tantas fake news?
Muitas das informações falsas sobre a proteína spike se espalharam por meio das redes sociais, principalmente entre grupos contrários à vacinação. Alegações como "a proteína spike oxida o corpo", "altera o DNA" ou "provoca doenças autoimunes" não têm fundamento científico e foram desmentidas por instituições sérias.
O que a ciência comprova?
Pesquisas publicadas nas revistas Cell, NPJ Vaccines e no próprio portal da USP indicam que a proteína spike é segura quando usada no contexto das vacinas. Sua presença é temporária e essencial para ativar o sistema imunológico. Além disso, os eventos adversos mais comuns relatados são leves e passageiros — como dor no braço, febre baixa ou cansaço.
Conclusão: A verdade sobre a proteína spike
A proteína spike não é vilã. Pelo contrário, ela é parte fundamental do funcionamento da vacina, ajudando nosso corpo a se proteger da Covid-19. O medo e a desinformação só reforçam a importância de buscar informações em fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde, Anvisa, OMS e universidades reconhecidas.
💡 Dica final: Recebeu uma informação duvidosa sobre vacinas? Não compartilhe. Pesquise antes em sites oficiais ou converse com um profissional de saúde. A ciência salva vidas — e vacinas são parte fundamental dessa jornada.
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